sábado, 19 de maio de 2012

Greve da saúde pública na Bolívia já completa seis semanas

Os trabalhadores bolivianos do setor de saúde decidiram manter uma greve que já dura mais de 50 dias, apesar de o governo do presidente Evo Morales ter prometido "garantir" por meio de um decreto a suspensão de uma norma que eleva a jornada de trabalho dos médicos para oito horas.
Hospitais permaneceram fechados pela sétima semana consecutiva, apesar de as autoridades terem dado como "superado" o problema após acordos com dirigentes universitários e a suspensão temporária da lei rechaçada pelos funcionários do setor.
Alfonso Barrios, presidente do Colégio Médico, afirmou que "a greve continua" e que "não há acordo" até que o decreto seja anulado definitivamente. Para ele, os trabalhadores consideram essa norma "um engano", uma tentativa de desmobilizar o protesto.
O líder acrescentou ainda que a classe não quer "ser enganada" como aconteceu com os indígenas quando Morales promulgou no último mês de outubro uma lei que proibia a construção de uma rodovia que cortaria a maior reserva do país.
De acordo com os trabalhadores da saúde, o aumento da carga horária sem compensação não resolve a quase crônica carência de hospitais, equipes, instrumentos, remédios e pessoal qualificado.

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