Os trabalhadores bolivianos do setor de saúde decidiram manter uma greve que já dura mais de 50 dias, apesar de o governo do presidente Evo Morales ter prometido "garantir" por meio de um decreto a suspensão de uma norma que eleva a jornada de trabalho dos médicos para oito horas.
Hospitais permaneceram fechados pela sétima semana consecutiva, apesar de as autoridades terem dado como "superado" o problema após acordos com dirigentes universitários e a suspensão temporária da lei rechaçada pelos funcionários do setor.
Alfonso Barrios, presidente do Colégio Médico, afirmou que "a greve continua" e que "não há acordo" até que o decreto seja anulado definitivamente. Para ele, os trabalhadores consideram essa norma "um engano", uma tentativa de desmobilizar o protesto.
O líder acrescentou ainda que a classe não quer "ser enganada" como aconteceu com os indígenas quando Morales promulgou no último mês de outubro uma lei que proibia a construção de uma rodovia que cortaria a maior reserva do país.
De acordo com os trabalhadores da saúde, o aumento da carga horária sem compensação não resolve a quase crônica carência de hospitais, equipes, instrumentos, remédios e pessoal qualificado.
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