sábado, 19 de maio de 2012

Bolívia condena assassina de tia de Morales a 30 anos de prisão

Um tribunal boliviano condenou a 30 anos de prisão Nelly Gonzales por assassinar e esquartejar em 2009 uma tia do presidente Evo Morales, no entanto a filha da vítima, Leonor Ayma, disse que a família "não está satisfeita" pois não foi esclarecido onde estão as partes do corpo ainda não encontradas.
Além dela, três homens foram condenados por ajudar Gonzales a cortar e se desfazer do cadáver de Rufina Morales de Ayma e foram sentenciados a 15 anos de prisão cada um, enquanto outras duas acusadas por cumplicidade pegaram 2 anos. O julgamento ocorreu em Cochabamba, no centro da Bolívia.
Leonor Ayma disse que os familiares estão "parcialmente satisfeitos" com a condenação, pois esperavam que Gonzales e seus cúmplices revelassem onde esconderam as partes do corpo da vítima ainda não encontradas. "Pensávamos que, quando ditassem a sentença, nos diriam onde estava os restos do corpo e pediriam clemência. Mas isso não ocorreu", disse Leonor.
Nelly é dona de uma farmácia de Cochabamba onde Rufina Morales costumava receber injeções para reumatismo. Em junho de 2009, a acusada administrou mal o remédio provocando uma reação que causou a morte da paciente.
Os parentes da vítima informaram que ela desapareceu, após cobrar um subsídio de velhice, e que partes de seu corpo foram achadas oito dias depois em um barranco a 15 quilômetros de Cochabamba. O presidente exigiu então que a polícia que esclarecesse o crime, e insinuou que poderia ser uma "represália política" contra sua família.
Segundo os jornais locais, Nelly admitiu no julgamento que a vítima teve uma reação alérgica e morreu em sua farmácia, por isso se desesperou e decidiu se desfazer do corpo, pois não estava autorizada a dar injeções.
Leonor Ayma disse que os familiares continuarão buscando os restos mortais.

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