O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta
terça-feira, 17, que o Brasil e os países da Aliança Bolivariana (Alba)
não participarão das próximas Cúpulas das Américas se Cuba não for
convidada, e pediu o apoio de organizações como Celac e a Unasul, que
não incluem os Estados Unidos.
"Além dos países do Alba, se não houver a presença de Cuba,
também não irão às próximas Cúpulas das Américas outros presidentes.
Escutei pessoalmente da presidente do Brasil, acho que também dos
governantes do Paraguai e do Uruguai", declarou Morales em uma coletiva
de imprensa em La Paz.
A Cúpula do último fim de semana na cidade colombiana de
Cartagena terminou sem uma declaração final por causa da falta de
consenso entre América Latina, Estados Unidos e Canadá sobre o
isolamento de Cuba e a reivindicação da Argentina pelas ilhas Malvinas.
Entre os principais países do Alba (Venezuela, Cuba,
Equador, Nicarágua e Bolívia), o único líder que esteve em Cartagena foi
Morales. Os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua,
Daniel Ortega, não participaram do evento em solidariedade a Cuba. Já o
venezuelano Hugo Chávez não foi por motivos de saúde.
Segundo Morales, alguns presidentes, cujos nomes não
mencionou, foram para Cartagena forçados. "Talvez pela responsabilidade
ou por consideração com o líder anfitrião, Juan Manuel Santos", disse.
Para o governante boliviano, Santos fez "todos os esforços" para que a
reunião fosse um sucesso.
Morales ainda destacou que não acredita na Cúpula das
Américas por causa do fracasso das políticas impostas pelos Estados
Unidos, e ressaltou o melhor desempenho econômico dos países
latino-americanos e as riquezas naturais da região.
"Se temos estas vantagens como latino-americanos, temos a
obrigação de fortalecer a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e os
diferentes espaços criados para integrar os povos da América Latina",
falou.
O apoio à Argentina na disputa com o Reino Unido pelas
ilhas Malvinas foi outra reivindicação do boliviano, que lamentou a
falta de um ambiente de amizade entre os presidentes em Cartagena.
Morales contou também que teve uma conversa "nos
corredores" com o presidente chileno, Sebastián Piñera, sobre a
reivindicação da Bolívia por uma saída ao Pacífico, perdida em uma
guerra no século XIX com o país vizinho. O líder reconheceu que "há
certa vontade" de Piñera para resolver o assunto, e disse que o
governante chileno pediu em contrapartida uma proposta oficial para
retomar o diálogo bilateral, suspenso desde 2011, quando Morales
anunciou que processará o Chile em cortes internacionais.LA PAZ - O
presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta terça-feira, 17, que o
Brasil e os países da Aliança Bolivariana (Alba) não participarão das
próximas Cúpulas das Américas se Cuba não for convidada, e pediu o apoio
de organizações como Celac e a Unasul, que não incluem os Estados
Unidos.
"Além dos países do Alba, se não houver a presença de Cuba,
também não irão às próximas Cúpulas das Américas outros presidentes.
Escutei pessoalmente da presidente do Brasil, acho que também dos
governantes do Paraguai e do Uruguai", declarou Morales em uma coletiva
de imprensa em La Paz.
A Cúpula do último fim de semana na cidade colombiana de
Cartagena terminou sem uma declaração final por causa da falta de
consenso entre América Latina, Estados Unidos e Canadá sobre o
isolamento de Cuba e a reivindicação da Argentina pelas ilhas Malvinas.
Entre os principais países do Alba (Venezuela, Cuba,
Equador, Nicarágua e Bolívia), o único líder que esteve em Cartagena foi
Morales. Os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua,
Daniel Ortega, não participaram do evento em solidariedade a Cuba. Já o
venezuelano Hugo Chávez não foi por motivos de saúde.
Segundo Morales, alguns presidentes, cujos nomes não
mencionou, foram para Cartagena forçados. "Talvez pela responsabilidade
ou por consideração com o líder anfitrião, Juan Manuel Santos", disse.
Para o governante boliviano, Santos fez "todos os esforços" para que a
reunião fosse um sucesso.
Morales ainda destacou que não acredita na Cúpula das
Américas por causa do fracasso das políticas impostas pelos Estados
Unidos, e ressaltou o melhor desempenho econômico dos países
latino-americanos e as riquezas naturais da região.
"Se temos estas vantagens como latino-americanos, temos a
obrigação de fortalecer a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e os
diferentes espaços criados para integrar os povos da América Latina",
falou.
O apoio à Argentina na disputa com o Reino Unido pelas
ilhas Malvinas foi outra reivindicação do boliviano, que lamentou a
falta de um ambiente de amizade entre os presidentes em Cartagena.
Morales contou também que teve uma conversa "nos
corredores" com o presidente chileno, Sebastián Piñera, sobre a
reivindicação da Bolívia por uma saída ao Pacífico, perdida em uma
guerra no século XIX com o país vizinho. O líder reconheceu que "há
certa vontade" de Piñera para resolver o assunto, e disse que o
governante chileno pediu em contrapartida uma proposta oficial para
retomar o diálogo bilateral, suspenso desde 2011, quando Morales
anunciou que processará o Chile em cortes internacionais.
Fonte: http://www.estadao.com.br
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